sexta-feira, 25 de setembro de 2009

tartaruga de pente










A tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), também conhecida pelos nomes de tartaruga-de-casco-vinho, tartaruga-legítima e tartaruga-verdadeira, é uma tartaruga marinha da família dos queloniídeos, encontrada em mares tropicais e subtropicais. Espécie criticamente ameaçada de extinção devido a caça indiscriminada, possui carapaça medindo entre 80 e 90 cm de comprimento, coberta por placas córneas imbricadas que fornecem um material utilizado na confecção de diversos utensílios.

A tartaruga-de-pente tem como habitat natural recifes de coral e águas costeiras rasas, como estuários e lagoas, podendo ser encontrada, ocasionalmente, em águas profundas. A espécie tem uma distribuição mundial, com subespécies do Atlântico e do Pacífico. Eretmochelys imbricata imbricata é a subespécie atlântica, enquanto a subespécie Eretmochelys imbricata bissa é encontrada na região do Indo-Pacífico.[1]

Sua alimentação consiste em esponjas, anêmonas, lulas e camarões; sua cabeça estreita e sua boca formam um bico que permite buscar o alimento nas fendas dos recifes de corais. Eles também se alimentam de outros invertebrados, como por exemplo ctenóforos e medusas.[2]

Devido às práticas de pesca humana, as populações de Eretmochelys imbricata ao redor do mundo estão ameaçadas de extinção e a tartaruga é classificada como criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Vários países, como a China e o Japão utilizam a carne da tartaruga-de-pente na alimentação. Os cascos das tartarugas-de-pente são usados para fins decorativos. De acordo com a Convenção Sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, é ilegal a captura e o comércio de tartarugas-de-pente e produtos delas derivados, em muitas naçõesA tartaruga-de-pente foi inicialmente descrita por Carolus Linnaeus como Testudo imbricata em 1766.[4] Foi movida para o gênero Eretmochelys pelo zoólogo austríaco Leopold Fitzinger em 1843.[5] Em 1857, a espécie foi novamente descrita como Eretmochelys imbricata squamata, uma denominação que não existe mais.[6]

Há duas subespécies aceitas para o táxon E. imbricata. O termo Eretmochelys imbricata bissa (Rüppell, 1835) refere-se a todas as populações do Eretmochelys imbricata que residem no Oceano Pacífico.[7] A população do atlântico tem vindo a ser considerada uma outra subespécie, Eretmochelys imbricata imbricata (Linnaeus, 1766) . O nome da subespécie imbricata permaneceu porque o tipo de espécime que Linnaeus inicialmente utilizou para descrever as espécies era do Atlântico.[8]

Fitzinger descreveu o nome do gênero Eretmochelys a partir do grego eretmo e chelys, correspondente a "remar" e "tartaruga", respectivamente. O nome remete para as tartarugas com barbatanas. O nome de espécie imbricata é latim. Este descreve adequadamente as tartarugas com escutes posteriores. O nome da subespécie de tartaruga-de-pente do pacífico, bissa é latim para "dupla". A subespécie foi inicialmente descrita como Caretta bissa porque foi a segunda espécie do gênero.[9] Caretta é o gênero do parente maior da tartaruga-de-pente, a tartaruga-comum

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